Hoje é o último dia do mês de junho de 2019, dos três anos anteriores esse tem sido o pior. Porque eu fico olhando pras minhas vivências, aparando arestas, lidando com problemas novos e velhos, faz parte do nosso viver o eterno resolver de coisas, me apego em pessoas com predisposição a me fazer mal, talvez pra me distrair da pacatez da vida que eu levo. Os ventos de junho não me derrubaram, mas a chuva carregou em suas gotas cada pedaço da minha tristeza, aquele sentimento de incerteza me encontrou depois de anos escondidos debaixo do tapete, eu estive brigando com alguém pra dar um amor que não quis receber, eu estive lutando pra mudar meus comportamentos de uma vida inteira, eu atraí cada coisa ruim que aconteceu com meu pensamento forte "Vai dar merda”, eu me esbaldei no papel de vítima, procurando me convencer que na maioria das situações infelizes fui eu quem procurei, por que preciso me conformar: não vou ter tudo. Na maioria das vezes não vou ter nada, o meu olho foi adaptado pra enxergar só o que eu perdi.
Eu quis tanto te curar, que não percebi a ferida que você abria todo dia no meu peito. Tenho dormido muito, tentando provar que a sua teoria está certa, que pra esquecer um amor basta dormir, mas ainda é cedo pra me certificar dessa conclusão, fiquei brincando de bloquear, desbloquear e me perguntando por que eu comecei isso mesmo? Eu não planejei, eu não estava pronta, eu apenas obedeci aos apelos do meu peito, não vale mais a pena ficar, é você ou eu, eu me escolhi, e como você me falou se esse é o preço a se pagar... Eu pago.
Amei <3