Para ouvir: Um passeio no mundo livre – Nação Zumbi
“Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar”. Essa frase me acompanha como se tivesse escrita sobre a minha pele. Quase como um mantra que recorro quando me sinto perdida. Olho ao redor, me concentro em coisas mais palpáveis, organizo mentalmente e no papel todos os conflitos internos e as questões a serem resolvidas e aponto para o que tiver a minha frente. No segundo seguinte, já estou em outro ponto. E pá, tudo mudou.
Parece meio óbvio e simplório afirmar que qualquer que seja a curva, estamos ali mudando o lugar e a direção e que o importante é seguir. Falando assim em voz alta, é bem clichê e reducionista. Como se eu não estivesse considerando os percalços, as dificuldades e o ritmo de cada um. Mas é que é preciso dá um primeiro passo para poder seguir. E isso inclui o caminho para frente ou pegar a via do retorno mais próxima. Lembra do ritmo!
O caminho não segue só uma direção, minha querida. Voltar também é um caminho. E tudo bem. Se quiser, posso repetir: voltar também é um caminho, voltar também é um caminho. No percurso, de fato, o que importa é entender o ritmo. O ritmo!
Se está confuso para você, é porque também está confuso para mim. Precisamos nos realinhar para permitir os riscos dos primeiros passos. Sim, são muitos os primeiros passos. Enquanto isso, vamos nos sentindo e descobrindo os caminhos.
Se cuida, passarinha.