intimidade
sou eu
sentindo por horas sentindo sem forma passando as horas na beira do mar apesar da dúvida ser pele que visto na ponta dos dedos
trago bastante fé
mirei naquela água toda nos horizontes até me esvaziar e foi desmedido o que percorri hoje
exigiu-me fôlego
fui de canto a canto
e voltei
porque encontrei
dentro de mim
medos em poças
alargando-se em recusas
que quero, antes
do acabar do ano
resolver
na paisagem eu queria vontade
uma legitima se possível, depois que desmoronei
sem o lugar dos meus silêncios ficou um barulho, uma bomba
explodindo
impossível de aturar
escondi de mim
tudo que era ruim para me sentir bem
impossível como disse
não desprezo o que me passou
me desaguar, me lançar ao mar
me basta hoje
nesse soprar de ventos que eu não posso ver estar dentro ou fora de si, é estar em toda parte.
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