o horizonte
é meu corpo
eu [repouso
sob o leito do nada]
nado em paz comigo
mas de nadas não vivo
bebo como e gozo
: misturo meus eus
em vários corpos
na graça de ser múltiplas
vidas numa só existência
que multiplica-se [infinitamente
vestindo-me] dos dias
sobrevivendo dos medos
de não ser quem imagino
mas uma prisão de mins
encarcerados na ilusão do eu
viajar à beira do
precipício é ter a
viajar à beira do
própria alma do impossível.
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