Estamos entrando no quarto mês de quarentena e isolamento social. Durante esse período em que nossa rotina passou a acontecer dentro de casa (ou pelo menos é para acontecer), o acúmulo de responsabilidades se recai de forma triplicada em cima das mulheres. O trabalho doméstico e o profissional se fundiram ainda mais. Além disso, são as mulheres que ocupam os cargos e tarefas de cuidado que estão na linha de frente no que podemos chamar de guerra contra o novo coronavírus.
Maioria entre a população brasileira, as mulheres negras estão entre os grupos mais vulneráveis aos efeitos do novo coronavírus, sendo mais suscetíveis ao desemprego, por serem muitas delas profissionais autônomas que tiveram de reduzir os serviços ofertados e até mesmo paralisar as atividades.
O lado financeiro, atrelado ao acúmulo de funções dentro de casa, acentua a tensão emocional e mental das mulheres negras, tornando esse um momento propício para que nos deixemos de lado para tentar resolver os problemas a nossa volta. O que já era recorrente antes da pandemia, acabou tomando maior proporção agora. Mas estamos aqui para lembrar da necessidade do autocuidado, de nos olharmos com carinho e amor, principalmente no meio desse caos que estamos vivendo. Aperte o play!
Participam deste episódio:
Equipe Malamanhadas:
Aldenora Cavalcante
Jhoária Carneiro
Convidadas:
Débora Régia
Elaine Nascimento
Dicas citadas no episódio:
E-book: O amanhã não está à venda - Ailton Krenak
Escritora: Audre Lorde
Quadrinhos: Confinada - Leandro Assis e Triscila Oliveira
Série: Little Fires Everywhere (Amazon)
Disco: A mulher do fim do mundo, Elza Soares
Livro: No olhar do invisível, Livia Ferreira
Filme: Pariah (2011)
Música: Cota não é esmola, Bia Ferreira
Ouça também no Spotify.
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